quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Liberdade limitada ou limitada liberdade?

Em linha de máximo tudo nos é possível, na realidade, porém, nem para tudo somos capazes. ‘Capazes’ no sentido de fazer, ver, comer, conhecer, sentir, ... de tudo. Na escola tradicional onde o professor e o livro são os protagonistas do ensino e da aprendizagem a criança é formatada e reduzida ao cérebro. Ela deve reter certas informações ou saber um determinado tipo de assuntos considerado importante do ponto de vista do adulto.
Será que numa escola progressista (Paulo Freire 2007) ou com o uso dos recursos digitais – uma sala de aula totalmente informatizada - e em rede as crianças têm a total liberdade e\ou seriam capazes para tudo?
Mesmo que tudo nos seja possível, que todas as portas nos estejam abertas, que nada de fora nos atrapalhe, etc. estaremos limitados em nós mesmos. Esta ‘incapacidade’ tende aumentar cada vez mais, porque são tantas novidades e inovação que surgem a cada dia. Ninguém consegue acompanhar tudo e muito menos dominá-las.
Seja a criança, ou seja o adulto, todos temos limites, além do mais, um impõe limite no outro, um cobra o limite do outro bem como cada parte estimula e provoca o outro a superar o seu habitual limite.
Com os recursos tecnológicos digitais de comunicação e de entretenimento as possibilidades e as capacidades individuais e coletivas aumentam, mas não nos favorece o domínio sobre estes próprios recursos e nem sobre outra situação ou sobre outro ser.
Temos, por um lado, a impressão de que a tecnologia esteja libertando o ser humano, potencializando-o a se comunicar com todos e a qualquer momento, que ele esteja interagindo bem mais e também qualitativamente é de senso comum, por outro lado, porém, continua vinculado ao que alguns ou alguns grupos põem e oferecem como recursos tecnológicos. A criança, por exemplo, é bem mais digitalizada ou cibernética, ela se apropria desse bem de consumo e de comunicação de acordo o que ali lhe é dado, continuado, desta forma, limitado a isto.
Por outro lado, a criança que não tem acesso aos recursos cibernéticos está ainda mais limitada e menos capaz de se libertar e, consequentemente e possivelmente, criar. Posso, portanto, concluir que, a pesar de que a tecnologia está revolucionando a aprendizagem das crianças em particular, não passa de um meio limitado que pode\deve aproveitado para potencializar as nossas possibilidades e capacidades. É desta forma, o inacabamento que nos levará à utopia, a vir a ser de Paulo Freire, 2007.
Leia também o breve texto O MENINO a fim de perceber o quanto uma professora tradicional pode fazer com os seus alunos. Reflita esta história tendo como chave de leitura uma\esta professora comportamentalista dando aulas\coordenando uma aula totalmente informatizada, será possível?

Postado por Gabriel Schuh

6 comentários:

  1. Pessoal. Quanto riqueza de material, de artigos, de indicação de textos e livros sobre o assunto de vocês.
    Achei tudo muito 10, bem organizado e objetivo. Tem a opinião de vocês com uma argumentação muito rica. Parabéns!

    Aline Mello

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  2. Muito bom este blog de vocês, bem detalhado e com material bom mesmo, o assunto bem distribuido e argumentado. Meus parabens gurias!!!

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  3. Realmente o blog de vocês está bem organizado e a escrita é bem coerente, só deixamos uma sugestão pra vocês em realação a "estética do blog" usem um pouquinho mais de cores e imagens, pois o blog está "muito clean".Parabens

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  4. OI colegas, o blog de vocês está bem organizado,nos trazendo bastante informações sobre o assunto. Mas poderiam dar uma personalizada nele e colocarem as fotos de vocês.
    Abraços!
    (Postado por Vanessa Lima Magalhães)

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  5. Oi gurias! Concodo com a colega, estão faltando as fotos de vocês. Achei ótimo o blog, bem completo, com muitas informações e aportes teóricos. Gostei também da estética sem muitas "frescurinhas".

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  6. Gabriel
    Desculpe por ter me referido à vocês como Gurias!
    Bom trabalho!

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